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Índia: da fé às cores

Índia: da fé às cores

A Índia é carinhosamente conhecida como o destino das cores vibrantes, dos temperos afrodisíacos, da espiritualidade sem fronteiras

Índia: da fé às cores

Em todo o mundo, a Índia é carinhosamente conhecida como o destino das cores vibrantes, dos temperos afrodisíacos, da espiritualidade sem fronteiras e do caos desmedido que toma conta de suas vias, todos os dias. A Índia é exatamente isso. Um território que você aprende a amar todos os dias, através da série de descobertas que vão acontecendo enquanto – de tuk tuk ou a pé – você perpassa seus contornos, os quais seduzem com um povo caloroso e curioso pelo viajante estrangeiro, ou com um simples curry que leva embora todas as palavras. O país tem uma população superior a 1 bilhão de pessoas, portanto, superar o fato de que há sempre muita gente andando para lá e para cá, assim como, muitos animais, muitos carros, muitas motos e riquixás é o primeiro passo para uma viagem de boas memórias, a começar pela capital Nova Dhéli.

Ainda pouco explorada na cena mundial, a cidade é um ponto de partida para aquela vibração indiana particular, o que inclui encontros com gigantes, a exemplo do Red Fort – o Forte Vermelho, que tem uma arquitetura de impressionar todos os sentidos, e a imponência digna do imperador Shah Jahan. Construído durante o século 17, o palácio serviu de residência para o imperador, e nos dias atuais coloca em primeiro plano – além de sua cor avermelhada – os gigantes portões de sua fachada frontal. Num segundo escalão está a Tumba de Humayun, erguida em homenagem ao imperador Humayun, membro da respeitada dinastia Mughal. Ainda que se trate de uma tumba, o espaço tem as dimensões de um palácio, seguindo o estilo mausoléu jardim, recoberto de arenito vermelho.

Na condição de capital, Nova Deli mescla sua versão mais antiga composta por uma porção de lojinhas de rua – com artesanato, tecidos, temperos e artigos de decoração – com sua face mais moderna, onde há espaço para locais como o Templo de Lótus, a Mesquita Jama Masjid e o conceituado Museu Ghandi Smriti, dedicado a Mahatma Gandhi. Contudo, é nas cidades vizinhas onde o turista encontra todas as estrelas do turismo indiano. Em Agra, será difícil ouvir falar em outro monumento que não o Taj Mahal. Erguido a pedido do imperador Shah Jahan para sua terceira esposa – Mumtaz Mahal – o túmulo é considerado uma das mais belas provas de amor da história mundial, carregado de suntuosidade em seus 73 metros de altura cobertos de mármore branco e resultado do trabalho de 22 mil pessoas. O fim de tarde em frente ao Taj Mahal é a experiência a ser vivida aqui.

Distante da magnitude do Taj, mas, ainda assim, merecedora de visita está a Tumba de I’timād-ud-Daulah, considerado o primeiro mausoléu jardim indiano feito em mármore branco, e carinhosamente chamado de Baby Taj, em virtude da semelhança arquitetônica. A tumba pertence a Mir Ghiyas Beg, avô de Mumtaz Mahal, a então esposa do imperador Shah Jahan. Ainda pelas ruas de Agra, os turistas têm encontro obrigatório com o Agra Fort, que atrai pelas proporções – algo superior a 380 mil metros quadrados – e pela beleza de sua arquitetura para lá de imponente. E quando tudo parece tirar o fôlego há ainda a opção de roteiros de trem – Deccan Odyssey, Maharajas’ Express, Palace on Wheels – bastante comuns por aqui. E numa dessas viagens, de pouco mais de duas horas, chega-se a Jaipur, – a cidade rosada – território dos marajás que deixam sua marca nos havelis, antigos palácios que foram transformados em hotéis requintados. O charme da hospedagem se mistura aos cartões-postais daqui, e o primeiro deles é o Hawa Mahal, – o Palácio dos Ventos –reconhecido por sua fachada repleta por dezenas de janelas, e que oferece uma visita pelos antigos aposentos das mulheres da corte.

Na rota turística por Jaipur não dispense a complexidade de Jantar Mantar e a imponência do Amber Fort, e se atrações exóticas não assustarem vale incluir o Monkey Palace, habitado exclusivamente por macacos. Diverso e multicultural, o solo indiano também é palco de manifestações profundas de espiritualidade e, talvez, um dos lugares de maior representatividade seja Varanasi, a região mais sagrada dentro do hinduísmo, e também o melhor ponto para conhecer o Rio Ganges. Sim, é neste rio que ocorrem as cerimônias hinduístas, banhos sagrados e onde cinzas são jogadas. Dependendo do número de dias de viagem pelo país, é imprescindível estender o roteiro por Goa, um trecho litorâneo popular entre os indianos por conta da massagem ayurvédica, além de Udaipur e de Kashmir, onde aprecia-se as mais belas vistas do Himalaia.

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