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Muscat, Dibāb e Bimmah

Muscat, Dibāb e Bimmah

Listada entre as nações mais tranquilas e neutras do Oriente Médio, Omã busca seu lugar de glória dentro do universo turístico

Muscat, Dibāb e Bimmah

Listada entre as nações mais tranquilas e neutras do Oriente Médio, Omã busca seu lugar de glória dentro do universo turístico, oferecendo aos seus visitantes uma experiência exótica, sob as luzes de um sultanato. Sim, no governo local, os residentes se reportam a um sultão que mantém um olhar contido sobre a maneira como se deve conquistar um turista, desta forma, ao desembarcar em Muscate – a capital de Omã – vindo das vizinhas Dubai ou Abu Dhabi, não espere cenários semelhantes. Aqui, ao invés de luxo e glamour de edifícios mergulhados em futurismo, você encontrará arquitetura árabe clássica e prédios que não ultrapassam os seis andares de altura. Os costumes culturais mais rígidos que viajam até as fronteiras ocidentais, por aqui costumam ser mais afrouxados, o que torna completamente cotidiano o consumo de bebida alcóolica ou a viagem de mulheres solitárias.

No plano das descobertas essenciais, há muito o que se fazer no país. Em diferentes rotas, o país conduz à paisagens magníficas, como é o caso da parada em Khasab, na região de Musandam, onde foi edificado o Forte de Khasab, como forma de proteção durante o século 17. A fortaleza naturalmente se destaca no ambiente e percorrê-la traz um pouco da vibração de séculos atrás, quando colonizadores portugueses circularam por esta área. Ainda em Musandam, outra opção de passeio é o cruzeiro pelo Fiorde Khor Sham, que leva para um cenário tomado de montanhas, praias de areia branca e observação de golfinhos. Tradicionalmente, os barcos de estilo dhow contam com serviço de buffet de frutas, bebidas e almoço, e param na Ilha Telegraph e na Ilha Seebi, para um banho refrescante.

No campo dos espetáculos naturais, Bimmah Sinkhole, entre as cidades de Ḑibāb e Bimmah, é uma espécie de oásis, o que inclui um lago – com cerca de 50 metros de diâmetro – com coloração azul turquesa intenso, resultado de uma depressão geológica. O lugar tem beleza cinematográfica e, atualmente, faz parte do território do Parque Hawiyat Najm. Neste cenário de joias da natureza, em Sharqiyah, está o Wadi Bani Khalid, o wadi – região desértica – mais conhecido de Omã. O caminho até o lugar é uma atração à parte, já que pelas montanhas de Jebel Khadar tem-se a chance de conhecer um pouco da vida diária nas aldeias locais, até chegar e descobrir um mundo fantástico entre as formações rochosas e as águas de azul intenso do Bani Khalid. O mergulho tendo o deserto como testemunha é um momento especial para levar na memória.

De volta à capital Muscate é primordial se perder entre os souks – os mercados de rua, onde de tudo se vende – atentando apenas para a variedade de sapatos típicos, lenços, dishdasha masculinas – aquelas batas masculinas bem comuns por aqui – e luminárias indescritivelmente lindas. Este é o tipo de exercício facilmente praticado no Souk de Mutrah que ainda lista uma série de outros souvenires. Ainda que não seja um país de exageros, nesses arredores, se perceberá que sultões mais antigos não economizaram na hora de construir a Mesquita Sultan Qaboos, que se destaca no olhar justamente por sua exuberância, numa área equivalente a 42 hectares. Nos dias de oração, em seu interior cercado por gigantes paredes de arenito branco, a mesquita é capaz de acomodar 20 mil fiéis. A arquitetura e minúcia dos ornamentos da Sultan Qaboos é algo que permanece para sempre na memória.

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